A minha droga

Ha gostos que nao nascem connosco. Por vezes aquilo que inicialmente era uma obrigaçao, passa a ser um prazer. Quando andava na faculdade fazia-o por ser perto e barato. Depois, quando comecei a trabalhar e parei de o fazer, as costas começaram a dar sinal de alarme. O diagnostico nao seria simpatico e os comprimidinhos, em vez de serem redondos, seriam frequentes sessoes de nataçao para o resto da vida. Quando era mais nova, irritava-me fazer um desporto por fazer, nao haver perder ou ganhar, nao haver uma bola, raquete, balizas, etc. Gostava do desporto pela competiçao e tudo o resto era aborrecido.
Mas a verdade é que hoje em dia nadar é o unico desporto que faço frequentemente. Nao sei se passei a gostar por habituaçao, se pela paz de espirito que sinto dentro da piscina, se por sentir que apos cada sessao de nataçao, o corpo sai a sentir-se muito melhor. E, nao so o corpo, mas também o espirito. Quantas vezes chego ao lab vinda da piscina a dizer babuseiras e disparates, que me perguntam o que andei a tomar....e eu respondo-lhes: "nada, so a minha droga: chama-se desporto".
PS - E agora tambem comecei a correr. E, para surpresa minha, tambem gosto. :-)