Jose Gomes Ferreira (1900-1985)
Vai-te, Poesia!
Deixa-me ver a vida
exacta e intolerável
neste planeta feito de carne humana a chorar
onde um anjo me arrasta todas as noites para casa pelos cabelos
com bandeiras de lume nos olhos,
para fabricar sonhos
carregados de dinamite de lágrimas.
Vai-te, Poesia!
Não quero cantar.
Quero gritar!
Go, poetry!
Let me see life
exact and intolerable
in this planet made of human meat crying
where an angel drags me home every night
with flags with fire in the eyes,
to make dreams
filled with dynamite of tears.
Go, poetry!
I don't want to sing.
I want to scream!
Deixa-me ver a vida
exacta e intolerável
neste planeta feito de carne humana a chorar
onde um anjo me arrasta todas as noites para casa pelos cabelos
com bandeiras de lume nos olhos,
para fabricar sonhos
carregados de dinamite de lágrimas.
Vai-te, Poesia!
Não quero cantar.
Quero gritar!
Go, poetry!
Let me see life
exact and intolerable
in this planet made of human meat crying
where an angel drags me home every night
with flags with fire in the eyes,
to make dreams
filled with dynamite of tears.
Go, poetry!
I don't want to sing.
I want to scream!
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