Thursday, November 15, 2007

Pure de batata ou batata frita?

Hoje depois do nosso almocinho de lasanha, que eu gostei e a Carol nem por isso, discutiamos a qualidade da cozinha belga. Queixavamo-nos obviamente da obsessao deles em por molhos em tudo o que é prato, nao nos queixavamos (mas queixo-me eu agora) do excesso de batata - as opçoes de acompanhamento sao invariavelmente puré de batata ou batata frita...às vezes batata cozida va...e em dias santos (santos para mim pelo menos) arroz ou esparguete - mas no meio do queixume ("it's fado" como diriam os meus colegas) la dissemos que a qualidade até era boa. Depois lembràmo-nos da cantina do hospital Egas Moniz e dos peixinhos tao bons que la se comiam e as queixas voltaram, desta vez pela escassez de peixe nesta terra.
A Carol queixava-se mais que eu e eu percebi que a razao so podia ser os 5 anos em que me alimentei diariamente nas cantinas da cidade universitaria. So pode, porque quem come ali (e às vezes até gostava), come em qualquer lado. Até macrobiotica eu comia, às vezes dias e dias seguidos (para me despachar, que a fila era mais pequena).
Bem...e entao isto tudo era para partilhar que estava aqui a sonhar com comer....imaginem o que...ovos mexidos com salsicha e arroz branco. Ah pois é...eu ca nao vou em caviares: eu gosto mesmo é destas coisas simples. Ovos mexidos com salsicha, esparguete à bolonhesa, bitoque, vinho carrascao (esta ja é p'o gozo...). Acontece que esta senhora deixou os ovos passar de prazo, por isso teve que se contentar mesmo so com as salsichas (e a seguir ja vem a sopinha que està ali a fazer).

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Sunday, October 14, 2007

Ha alguem em Leuven que nos faz sentir em casa. Esse alguem recebe-nos sempre com um sorriso, um abraço e uma simpatia unica. Ir a uma discoteca e saber que ha um portugues que nos vai receber faz-nos sentir bem; faz-me nao querer deixar esta Leuven para tras.
Porque em Lisboa é raro haver alguem numa discoteca que nos trate de uma forma tao familiar....so por falarmos portugues.
O Antonio é a razao de irmos àquela discoteca, mesmo que nunca mais o deixem ser DJ (porque nao, se ele é o melhor do mundo????????). E, se depender de mim, continuaremos a la ir sempre que sairmos à noite em Leuven.

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Friday, September 28, 2007

Pequenos nadas

- "Ola tia!"
- "Ola T.!"
- "Tenho os jogadores de futebol!"
- "Ai é? Muitos? Quantos?"
- "Os verdes"
- "Do Sporting?"
- "Xiiimmmm"

("Agora o M. quer falar")
-"O pai e a mae foram onde?"
- "Foram ao restaurante.....na rua.....o carrao."
- "O carrao? De quem? Do pai?"
- "Nao, està aqui. Està um bocadinho partido na roda ao pé do volante. Eu tenho estes." (enquanto esticava 5 dedos a indicar que eram cinco carroes, soube depois)
- "Mas quantos? A tia nao consegue ver quantos sao 'estes'."
- "Estes!".
(....e por ai fora, numa conversa que ficou muito dificil de compreender.)

A alegria do dia hoje: falar ao telefone com estes dois meninos....ha 4 e 2 anos a fazerem-me sorrir a cada momento passado na sua presença.

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Sunday, September 23, 2007

Encontrei...




...aquele refugio onde nos confundimos com a natureza; onde somos só nós, a terra e o mar; onde Portugal se funde com o oceano; onde as aves se escondem do caos urbano; onde vivemos a solidão mais profunda; onde o silêncio é ensurdecedor; onde nos achamos únicos no planeta porque não existem vestígios da existência do homem...
onde me senti no paraíso.

Sei que vou lá voltar em breve...sempre que a paz daquele local me chamar. Só nao digo onde é para não me roubarem a minha rocha. :-) Fica a foto (péssima) do meu telemóvel. Foi o que se arranjou....

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Thursday, June 07, 2007

Noites

Podemos ter mais sol, mais mar e mais areia em Portugal, mas quando chegam as noites de Primavera e Verao, o desejo de poder ter a Belgica para sempre ganha terreno. Estas noites quentes que permitem ir dar um passeio depois do jantar em t-shirt, saia e chinelos: as saias que tanto quero usar em Portugal mas que teimam em nao sair do armario nas noites frias e ventosas; estas noites do cheirinho a verde e a humidade; estas noites das ruas pouco iluminadas em que podemos olhar para o cèu e contar as estrelas; estas noites das planicies em que à luz da lua cheia se vislumbram àrvores a perder de vista.

Esta Bèlgica das noites quentes, da paz, do sossego, do verde, dos barbecues, dos torneios de petanca; esta Bèlgica que vai fazer muita falta.

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Friday, March 16, 2007

Este ano, a Primavera já chegou, mesmo antes de o Inverno ter tido tempo de chegar a ser. Choveu muito, por isso a linha de Cascais está vestida de verde. Dá gosto ver as árvores, os arbustos e a relva bem verdinhos. Nem parece o mesmo Portugal de há não muito tempo.
Vou-me passeando nas voltinhas que preciso de fazer.
Ontem a ida ao Estoril, para ver a mãe V. e o bébé M., recorda a magia do Estoril, descoberta nos tempos dos Salesianos: os almoços no Deck, os namoricos nos jardins do Casino, as idas ao Tamariz ver o mar e as ondas.
Hoje a ida ao Restelo a casa dos avós. A casa a que já vou muito pouco, mas que arrasta muitas recordações. As festas de família deixaram de ser ali: o almoço de Natal, o dia de Páscoa e os ovos de chocolate escondidos no jardim, as tardes de Sábado passadas a jogar futebol, basket ou vólei no jardim, a festa da fogueira na altura dos santos populares.
Rituais que deixaram de existir, mas que deixam saudade.

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Thursday, March 08, 2007

Abertura da época balnear



Enganam-se aqueles que pensam que aqui em Leuven o Verão é uma época para esquecer. Segunda-feira a época balnear abriu oficialmente em Leuven. Porquê, perguntam vocês? Porque a gelataria mais concorrida da cidade reabriu portas depois de alguns meses de descanso.
À falta de praia, mar, areia e sol, na Primavera e Verão aqui de Leuven só nos podemos contentar com uns geladinhos de vez em quando. E, para abrir oficialmente a época balnear, lá fomos eu e o R. comer um geladinho logo a seguir ao almoço. Apesar do ainda muito frio, até estava Sol. Por isso, soube mesmo a "quase Primavera". A partir de agora e até Setembro, será assim muitas vezes : lá rumarei aos geladinhos.
Finalmente compreendo porque é que os belgas gostam tanto de gelados: é mesmo o único conforto do tempo quente.

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Saturday, February 17, 2007

Um Sábado tranquilo

Acordo... Não. Ainda não. Deixo-me ficar até os olhos não se quererem mais fechar. Até os sonhos deixarem de chegar. Até o corpo querer ficar. É Sábado. Não há planos absolutamente nenhuns, excepto a sempre essencial natação. Lá para as 11, o corpo dá-me finalmente ordens para levantar. Sempre calmamente, tomo o pequeno-almoço e depois um cafezinho; leio as notícias atrasadas da revista que veio de Lisboa na semana passada. Findo este momento de deliciosa preguiça, arrumo umas coisinhas: os livros que se vão acumulando na secretária, os CDs que jazem desordenados ao lado do leitor. Nestes pequenos nadas, passam-se quase duas horas. A piscina está quase a abrir, por isso decido sair de casa. Pedalo na minha bicicleta. Chego mesmo antes da hora de abertura. Sou a segunda pessoa a mergulhar. É bom ver a piscina completamente vazia. A água ainda é um espelho azul brilhante. Começo a nadar e finalmente sinto-me acordada...não paro. Prefiro fazer tudo de seguida para o cansaço não ter tempo para dar ordens. Findos os obrigatórios 30 minutos de crawl e costas, tomo duche, visto-me e rumo ao supermercado. Compro rapidamente aquilo que preciso. Demoro-me nas revistas de decoração, já a tirar ideias para a casa nova que ainda não comprei. A barriga começa a dar horas. Volto para casa e almoço o resto do jantar de ontem. No final, tomo mais um cafezinho para manter o sistema a funcionar. Mais estes pequenos nadas e já são 4 da tarde. Saio a pé num passeio até ao centro antes que as lojas fechem. O destino é o do costume: a Fnac - uma loja onde facilmente consigo passar horas sem dar por isso.

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