Thursday, January 31, 2008

Almoço no Café Inn, uma Sagres Bohemia, a companhia de duas pessoas de quem gosto muito, uma conversa que poderia durar toda a tarde, o sol a brilhar, o azul do rio e a ponte ao fundo. Confirma-se: estou no paraíso do sol.
No regresso a casa, puxo dos óculos escuros, pego no meu carrinho, escolho a rádio Marginal por companhia. Avenida da India, Marginal, o rio e o sol sempre ao meu lado esquerdo e....a musica da tarde: aumento o volume, abro a janela e acompanho o Otis Redding nesta musica que faz lembrar outra ponte muito parecida com a nossa, do outro lado do mundo - foi em Sausalito, Sao Francisco que foi escrita:

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Wednesday, January 30, 2008

Quer ver que a minha Azambuja virou Kruger park?

(se apanhar um gato para ir ao veterinario me parece uma tarefa impossivel, imagino o que terà sido apanhar este felino...)

Tuesday, January 29, 2008

é isso ai


Sou lamechas, nao ha volta a dar. Qdo cheguei à belgica, era o original do Damien Rice que ouvia em modo repeat. Passado este tempo todo, é a versao brasileira que ponho a tocar vezes sem conta. Em ingles ou em portugues do Brasil, "I can't take my eyes off of you" ou "nao sei parar de te olhar", para mim tanto faz: o sentimento é o mesmo...e eu gosto de ouvi-lo.

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Nostalgia é...

...encher a mala de livros, cds e dvds acumulados ao longo de mais de 3 anos...começar a preparar o (semi-)regresso...

(e o medo de que me percam a mala?)

Monday, January 28, 2008

Estado de espirito


Chateadita...

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"Tinhamos as maos dadas, estàvamos proximos, mas eram os olhos que deixavam que nos tocàssemos."

(in "Cal", Jose Luis Peixoto)

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Sunday, January 27, 2008

Into the wild


A nao perder. Pela imagem, pela musica, pelas citaçoes, pela historia veridica de alguém que procurou encontrar-se a si proprio sem ceder às pressoes da sociedade. A busca interior, que faz falta a tanta gente, levada ao extremo pelo Chris McCandless...ou... Alexander Supertramp.
Dois pormenores importantes: realizaçao de Sean Penn e banda sonora de Eddie Vedder.

"Rather than love, than money, than faith, than fame, than fairness... give me truth."
"Some people feel like they don't deserve love. They walk away quietly into empty spaces, trying to close the gaps of the past. "
"Happiness is only real when shared."

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Thursday, January 24, 2008

Gosto de acreditar que, quando olho as estrelas, hà uma que brilha com o brilho dos teus olhos. Gosto de acreditar que me olhas ai de cima e guias os passos do meu caminho. Gosto de acreditar que às vezes me respondes quando eu falo contigo e te conto a falta que fazes por aqui. Gosto de acreditar que às vezes, quando olho as tuas fotografias, te vejo sorrir para mim. Gosto de acreditar que, na tua ausencia, estàs sempre presente.

Gosto de acreditar que hoje de manha ias comigo na bicicleta. Gosto de acreditar que hoje de manha ias dentro daquele autocarro. Gosto de acreditar que puxaste o travao com todo a tua força quando viste o motorista acelerar. Gosto de acreditar que ao mesmo tempo viraste o volante da minha bicicleta para o lado oposto ao do autocarro. Gosto de acreditar que, quando ele me bateu, me deste a tua mao e puxaste para a berma da estrada, enquanto a bicicleta ia para onde eu nao podia ter ido.

Gosto de acreditar que és o meu anjo de guarda. às vezes acredito. Hoje acredito.

Wednesday, January 23, 2008

Forte


Mais um anuncio fantàstico da Amnistia Internacional (outro ja vos tinha mostrado aqui).

às vezes gostava...

...de saber fazer parar o meu cerebrozinho e adormece-lo por um bocadinho. é que quando ele começa a pensar, normalmente mete-se por maus caminhos e dà por ele perdido em labirintos... com muitos becos sem saida.

Monday, January 21, 2008

Ultima leitura

"To make the world a better place. To bring some beauty to the drab, humdrum corners of the soul. You can do it with a toaster, you can do it with a poem, you can do it by reaching out your hand to a stranger. It doesn't matter what form it takes. To leave the world a little better than you found it. That's the best a man can ever do."

"It was the first time since his master's death that he had been able to think about such things without feeling crushed by sorrow, the first time he had understood that memory was a place, a real place that one could visit, and that to spend a few moments among the dead was not necessarily bad for you, that it could be a source of great comfort and happiness."

"He no longer felt afraid. (...), but the fact was that he had woken up feeling much better than at any time since Willy's death. He knew that Willy hadn't really been there with him on the subway, (...), but in the afterglow of this dream about impossible and beautiful things, he sensed that Willy was still with him, and even if he couldn't be with him, it was as if he were watching him, and even if the eyes that looked down on him were actually inside him, it made no difference in the larger scheme of things, because those eyes were the exact difference between feeling alone in the world and not feeling alone."

(in "Timbuktu" - Paul Auster)

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Sunday, January 20, 2008

Relax


Afinal de contas é Domingo e finalmente...parei (ao som desta musica).
Lisa Ekdahl - Now or never

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Depois de uma semana em q houve ou ramboia ou trabalho praticamente todas as noites, ontem aconteceu aquilo que ja nao acontecia ha muuuuiiiiittttooo tempo: adormeci no cinema. Adormecer no cinema envergonha-me, confesso...mas foi mais forte que eu. O filme brindado com a minha sestinha foi o "Charlie Wilson's war" - "Jogos de Poder" em portugues, mais uma dessas fantasticas traduçoes de titulos de filmes - que até nao é mau, diz quem o viu...eu nao posso comentar muito.
Eis que chegado o sagrado Domingo, o dia ja dizia Jesus Cristo dedicado ao descanso, e...espera-me um dia de limpezas e uma valente dor de cabeça. E agora que finalmente podia esticar as pernas e por-me a ver um DVD, tentando nao adormecer, espera-me uma sessao de patinagem no gelo. Espero nao cair, especialmente para tràs, que da ultima vez que patinei cai para tràs e era capaz de jurar que parti o pescoço, mas parece que estou aqui vivinha, por isso deve ter sido so um arranhao muito doloroso.
Rezem por mim.

Saturday, January 19, 2008

Musica...havia tanto para dizer sobre musica. Este blogue podia ser so sobre musica, que eu teria algo de novo para postar todos os dias. Nao sei viver sem ela e acho até que sou um bocadinho viciada a mais que a conta.
Esta musica de que vos falo hoje tem o poder de me fazer fechar os olhos, esquecer que existem os outros quatro sentidos, esquecer que existe um mundo la fora e ouvir...so ouvir o poema lindissimo do Jose Carlos Ary dos Santos e o fado do Carlos do Carmo. Ouvir e claro...sentir:
"Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia, eu esperava por ti, tu nao vinhas tardavas e eu entardecia...."
Ouçam bem.

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Friday, January 18, 2008

So para relembrar (e rir um bocadinho)


"Farfari, kunami, funini, katuki e maracaté".
Um dos meus sketches preferidos do Gato Fedorento.

Thursday, January 17, 2008

é um jogo

A sério que é giro. so pode ser jogado é na bélgica...enfim, pormenores. Aqui vao as regras:
Acordem de manha e liguem a ràdio numa estaçao flamenga (uma espécie de holandes para quem nao sabe) e ouçam as noticias da radio em flamengo.
Sigam para qualquer local de trabalho na Flandres, no meu caso o lab, e comecem a ter conversas em ingles. Pelo meio, tentem seguir umas conversas em flamengo e, se possivel, mandem alguns comentarios giros, tipo: "u bent een idioot" ou esses insultos faceis de aprender (ja que falar flamengo é so no nivel avançado do jogo).
Entretanto, pelo meio, falem em portugues com aqueles vossos colegas portugueses e brasileiros, so para descansar um bocadinho do jogo.
A seguir, falem um bocadinho no messenger com os vossos amigos portugueses em portugues alternado com os vossos amigos ingleses em ingles (esta tarefa dà pontos extra).
Pela tardinha, partam para Bruxelas, essa bela localidade. Falem um pouco de frances com as pessoas que aparecerem à vossa frente. Nao vale tentar falar ingles a ver se se safam...até porque eles nao percebem. Se possivel, para entretenimento, escolham uma peça de teatro em que se fale frances muito depressa e em que haja muitos gritos e vozes que se sobreponham, para o jogo ser ainda mais dificil. No final da peça, descansem, bebam agua e respirem. Terminem com mais uma conversa em frances.
No final do dia, contem as vezes que trocaram de lingua e quem tiver mais pontos ganha.
Eu hoje acho que ganhei. :-)

Da janela do meu estudio

(nos raros dias de céu limpo)

Tuesday, January 15, 2008

Querer voltar uns minutos atràs no tempo e nao ter ouvido as palavras que ouvi da boca da pessoa de quem ouvi...
Querer ter tido palavras que ajudassem a diminuir a angustia que ele tentava esconder...

medo, tristeza...e esperança...misturados.

Monday, January 14, 2008

The road to nowhere.

(Foret de Soignes, Bruxelas - a minha caminhada da manha de Domingo.)

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Sunday, January 13, 2008



Ele estava ssossegadinho no seu cantinho e nem sequer tinha pernas para andar, mas sorriu para mim de forma irresistivel e eu, fraca como eu so, nao resisti a pegar nele e traze-lo para casa. Tirei-lhe a capa, abri a caixa, peguei nele, olhei-o nos olhos e... ele começou a cantar para mim. A partir dai, foi a noite toda a ouvir a sua voz e... até dançàmos esta "Slow dance", que soa tao bem ao meu ouvido.
(John Legend - "Slow Dance" do cd "Once Again", que me fez companhia na noite de sexta-feira, depois de o ter comprado na Fnac pela modica quantia de 7 euros.)

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Thursday, January 10, 2008

Historia das horas paradas e do queijo President

Naquele dia o tempo parou. Ninguém sabe explicar se foi a terra que deixou de girar, se foi o Sol que resolveu contrariar a rotaçao da terra. Tudo o que se sabe é que o tempo parou. Também ninguém sabe dizer se o tempo parou em todo o planeta. Sabe-se sim que no sitio onde se passa esta historia, o tempo parou.
Os ponteiros dos relogios continuaram a andar, porque nao perceberam que o tempo parou. Mas aquele unico relogio que sabia a hora exacta pela posiçao do sol, esse nao parou. Ninguém sabia ao certo que horas eram, excepto aquele unico homem que tinha aquele unico relogio solar. Todos os habitantes da cidade ficaram desorientados. Os relogios indicavam 19 horas e o sol brilhava com a força do meio-dia.
Quando este unico homem percebeu que tinha o poder das horas nas maos, resolveu beber um copo de champanhe acompanhado por um queijo President Brie. Afinal de contas, ele era o homem mais poderoso da cidade e tinha direito de celebrar. O queijo era muito bom e o champanhe fe-lo ficar tonto, mas...todos sabemos que comer muito queijo dà esquecimento. E por isso, ele esqueceu-se de que era o homem mais poderoso do mundo. Esqueceu-se que tinha o unico relogio que sabia as horas exactas e...
nunca mais ninguém soube que horas eram.
(a razao deste post marado: o meu vicio por este queijinho. Serà que tem como efeito secundario eu escrever coisas completamente sem sentido? Ja agora, alguém tem horas?)

Tuesday, January 08, 2008

A Terceira Rosa

Ha livros que se leem depressa demais. Ha livros que se leem devagar demais. Ha livros lidos de dia que seriam melhor sentidos à noite...ou vice-versa. Ha livros que so se leem uma vez. Ha livros que se podem ler vezes sem conta e que, em cada nova leitura, serao sentidos de uma forma diferente. Ha livros que se leem cedo demais. Ha livros que nos fazem pensar: "como é que vivi tanto tempo sem ler isto".
Este livro pode ser lido vezes sem conta, que veremos sempre as coisas por um angulo diferente. Para além disso, acho que o li cedo demais para o poder apreciar devidamente. Mesmo assim, marcou-me profundamente e ficou sempre na lista dos preferidos.
Uma passagem relida aqui, outra passagem relida ali e deu-me esta vontade incontrolavel de o voltar a ler. Comecei ontem. A primeira pàgina foi logo assim:
"Os anos passarão. Os canteiros hão-de gerar um outro buxo. Outros pássaros virão cantar nos ramos altos do pinheiro manso e dos plátanos. A tia morrerá. E a casa e o jardim, a própria vila, suas rotinas, seus ritmos e seus ecos. Não ficará senão a tua voz na tarde calma. Olá, disseste. E a terra começou a tremer."
Folheio umas paginas ao acaso e paro mais nestas passagens:
"Tanto te chegas como te esquivas, estás e não estás, dás e recusas. Não sei se por tudo isto, se por algo que não se explica. sei que quando me tocas a batida da terra coincide com a do meu coração."
"Não sei se é um eco, se sou eu próprio a falar por ti. Nem sei se não serei sozinho os dois. Ou se não serás tu que me pegas na mão para por ti escrever. Eu e tu. Que és e não és. Criação minha, não mais que amor do amor, o que de si mesmo se alimenta, a si mesmo se consome e de si mesmo morre e renasce. Como eu em ti e tu em mim. Ou eu e tu num só, este que nem sequer diz o teu nome, porque não sabe, nunca soube ao certo quem tu és. Todas numa só. Ou uma só em todas."
Agora imaginem um livro em que tropeçamos em coisas destas por todo o lado - é assim "A Terceira Rosa" de Manuel Alegre.
Agora, a parte gira é a minha frustraçao por ter deixado o livro em Lisboa onde o tinha posto, em cima da mesa de cabeceira, mesmo ao lado do telemovel para nao me esquecer. O telemovel veio e o livro ficou. às 5 e meia da manha seria dificil pensar racionalmente. Agora....espero mais umas semanas até poder continuar a le-lo...que remédio.

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Monday, January 07, 2008

Até já, Lisboa

Sunday, January 06, 2008

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"Eu vou te contar que você não me conhece
Eu tenho que gritar isso porque você esta surdo e não me ouve
A sedução escraviza você
Ao fim de tudo você permanece comigo mas preso ao que eu criei e não a mim
E quanto mais falo sobre a verdade inteira, um abismo maior nos separa
Você não tem um nome, eu tenho
Você é um rosto na multidão, e eu sou o centro das atenções
Mas a mentira da aparência do que eu sou, e a mentira da aparência do que você é
Porque eu não sou o meu nome e você não é ninguém
O jogo perigoso que eu pratico aqui, ele busca chegar ao limite possível de aproximação
Através da aceitação da distância e do reconhecimento dela
Entre eu e você existe a notícia que nos separa
Eu quero que você me veja a mim
Eu me dispo da notícia e a minha nudez parada te denuncia e te espelha
Eu me delato, tu me relatas
Eu nos acuso e confesso por nós
Assim me livro das palavras com as quais você me veste.
Eu sei que eu tenho um jeito
Meio estúpido de ser
E de dizer coisas que podem magoar e te ofender
Mas cada um tem seu jeito
Todo próprio de amar e de se defender
Você me acusa e só me preocupa
Agrava mais e mais a minha culpa
Eu faço, e desfaço, contrafeito
O meu defeito é te amar de mais
Palavras são palavras
E a gente não percebe o que disse sem querer
E o que deixou pra depois
Mas o importante é perceber
Que a nossa vida em comum
Depende só e unicamente de nós dois
Eu tento achar um jeito de explicar
Você bem que podia me aceitar
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser
Mas é assim que eu sei te amar"

Do "baú" dos vinys, a magia de Maria Bethania e a música de Roberto Carlos.

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Thursday, January 03, 2008


Mais música de nos fazer felizes. :-)

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Wednesday, January 02, 2008

Acabou-se a papa doce

Tuesday, January 01, 2008

O amor das coisas belas


Ouvi esta expressao ontem numa entrevista do António Lobo Antunes no blogue do P. Quando o Mario Crespo fala sobre a morte do pai dele , ele responde qualquer coisa como: "O meu pai, quando lhe perguntaram o que queria mais deixar-nos antes de partir, respondeu: "O amor das coisas belas"". Achei de uma ternura enorme.
Também eu tive a sorte de ter tido um pai que me deixou o "amor das coisas belas"... nas colecções de livros e música das prateleiras cá de casa e decididamente nos genes (porque desconfio que isto do "amor das coisas belas" não é para todos). Depois de uma conversa com um querido amigo na sexta-feira passada, decidi-me a pôr maos à obra e explorar os muitos vinys que estavam ali há tanto tempo. Descobri tanta música boa a querer ser tocada e ouvida. Mas até ter tempo de ouvir tudo, viciei-me num vinyl do Tom Waits, que tem várias músicas fantásticas. Aqui fica uma delas.


(Bom 2008!)

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