Thursday, April 26, 2007

Paixão

Paixões como esta acho que voltarei a ter poucas na vida. Começou com 8 anos como algo de bastante aborrecido. Os meus pais e tios decidiram pôr todos os primos a jogar e lá ia eu. Não ligava muito àquilo. Gostava mesmo era de jogar futebol, como boa maria-rapaz que era. Era um desporto semanal: todos os sábados de manhã lá ia eu para as aulas. Todos os anos mudava de professor e de grupo, o que também não ajudava a criar gosto pela coisa.

Não me lembro muito bem, mas acho que foi aos 12 anos que a coisa começou a tornar-se mais séria. Lembro-me que com 13/14 já jogava bastante a sério. Por essa altura, o meu grupo de amigos também já era basicamente, para além dos amigos da escola, as pessoas que frequentavam o clube. Em tempo de férias, os dias eram passados no clube e à noite combinava coisas com os amigos de lá: as idas ao cinema à segunda-feira e as festas dos slows.

Nunca ganhei um torneio, excepto no clube. Fiz algumas finais, mas perdi sempre.
Há uma vitória que relembrarei sempre, frente a uma adversária que achava intransponível e que na altura era da selecção. Claro que a vitória foi conseguida num torneio por equipas com o treinador a dar-me conselhos nas trocas de campo. É que, apesar de jogar relativamente bem, faltava-me muita concentração e calma. Já na altura tinha problemas em parar o "rio do pensamento".
Há também uma derrota que relembrarei, por ter lutado até ao último minuto contra uma adversária bastante forte (perdi 6/4 no terceiro set). Chorei como chorava sempre que perdia e achava que podia ter ganho.

O início do fim foi o começo dos problemas de coluna e das lesões. O fim chegou com a dificuldade em conjugar os estudos com os treinos - na altura queria entrar para medicina. Gostava de ter sido tenista, mas sei que por muito que gostasse e goste de ténis, não nasci com capacidade física para isso.

Hoje fica a paixão pelo desporto e as recordações desse tempos muito felizes da adolescência. Algumas das minhas melhores amigas ficaram desse tempo.

Hoje à tarde dei por mim a dar uma direita no vazio. Às vezes a vontade de jogar é mais que muita...quem sabe este fim-de-semana pegue na raquete e vá alimentar esta paixão.

Tuesday, April 24, 2007

Rocket Ronaldo


Yesterday: Best player of England and Best young player of England 2007.
Next trophy: Best player of the world.

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Monday, April 23, 2007

Números e mais números

Os números associados à minha vida são cada vez mais. A minha cabeça deixou de decorar números de telemóveis há muito tempo, mas há uns números e códigos que dá jeito saber e fica cada vez mais díficil fixar tanta coisa. Senão, vejamos:
- número do BI
- número de CC
- número de passaporte
- números de telefone + PINs dos 2 telemóveis (português e belga)
- PINs dos cartões do banco
- número de acesso ao online banking
- número de aluno
- número de funcionário
- passwords das 5 moradas de email (só aqui na univ, obrigam-me a ter 3 emails...)
- passwords dos 2 computadores + 6 servidores que uso regularmente
- datas de aniversários mais importantes

E com estas pequenas coisas se vai enchendo um cérebro. Dizem que informação a mais armazenada no cérebro tira espaço à creatividade....mas acho que assim fica díficil ser creativa.

Sunday, April 22, 2007

Imitaçao barata

Vou imitar imenso este senhor (Nuno, depois pago-te os direitos de autor ;-))

O livro que ando a ler:
"To have and have nots" de Ernest Hemingway.

O livro que estava a ler mas que ficou a meio, pq achei aborrecido:
"Gilead" de Marylinne Robinson.

As últimas compras musicais:
Liberdade p'ra dentro da cabeça, Natiruts.
Beija-flor, Natiruts.
Dear Mr President, Pink.
Barry White: The Collection, Barry White.
How to save a life: The Fray.
Laughter through tears: Oi Va Voi.
9 crimes: Damien Rice.

Wednesday, April 18, 2007

Darfur

Porque me chocou esta notícia:

Aqui fica a mensagem.

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Tuesday, April 17, 2007

Achávamos nós que íamos ver alguma coisa

Estávamos à espera deste dia já há algum tempo. A ansiedade era mais que muita. Ainda ontem ao jantar tínhamos falado no assunto: quando seria? pelas nossas contas, devia ser durante esta semana, o mais tardar no fim-de-semana. Eu dizia para me chamarem mal acontecesse: estivesse eu a dormir ou acordada, fosse a quer horas fosse. Queria ver. Achávamos nós que íamos ver alguma coisa.

Hoje por volta das 17 e 30 recebo a chamada: "vamos para casa; está a ser agora". Pedalamos rapidamente para chegar a tempo de ver alguma coisa. Achávamos nós que íamos ver alguma coisa.

Quando chegámos a casa, a gata brincava animadamente com o seu irmão. No interior da sua casinha, estava uma bolinha de pêlo acabada de nascer. Não a vi. Mas viu a minha vizinha, dona dos gatos. Os pormenores do mistério ainda estão por decifrar. Aparentemente, uma gata deve ter entre 3 e 5 gatinhos; parece só ter nascido 1. Achamos que o parto se deverá ter dado durante a noite noutro local qualquer, pois não há vestígios de placenta e os de sangue são muito ténues: apenas o pêlo mais avermelhado da gata. O/a gatinho/a lá está, mas não podemos sequer chegar perto, porque a gata pode assustar-se e fazer-lhe mal. Os outros gatinhos que supostamente terão nascido, não sabemos onde estão. Não há quaisquer vestígios. Achávamos nós que íamos ver alguma coisa...

Update:

Os outros dois gatinhos nasceram hoje. Aparentemente, é normal uma gata interromper o trabalho de parto por 1 ou 2 dias. Já os vi. Parecem ratos, de tão pequenos que são. :-)

Monday, April 16, 2007

You wake up. You go to work. After a while, you receive a phone call. Your son has been killed during a class at the university by a guy who killed 31 other people.

You turn on the TV. You listen to a president, who has sent many soldiers to kill and be killed in Iraq and insists on not prohibiting guns in his country, saying that he is sad and shocked with what happened. Do you believe him? Do you trust him?

If you don't prevent violence outside walls, how can you prevent it inside?



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Sunday, April 15, 2007

Piece by piece - Katie Melua

This weekend, this cd regularly rotated in my cd player. Here's one of my favorite songs included in its play list: 'Nine Million Bicycles'.



' ....There are six billion people in the world
More or less
and it makes me feel quite small
But you're the one I love the most of all....'

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Diz que sou assim

Friday, April 13, 2007

Há pessoas que ficam para sempre

Lembro-me como se fosse hoje do dia em que o vi pela primeira vez. Lembro-me como se fosse hoje do dia em que lhe aconteceu o acidente. Lembro-me como se fosse hoje do último dia de aulas antes de ele mudar de escola. Lembro-me como se fosse hoje do que chorei nesse dia.

Foram só dois anos. Éramos colegas de turma. Não seria o suficiente para criar grandes laços. Mas quando se tem 12 ou 13 anos, dois anos é uma eternidade. E quando essa pessoa é um dos melhores amigos e primeira paixão de adolescência (nunca correspondida, diga-se de passagem...), dois anos chegam para criar laços para sempre...na minha cabeça, achava eu.

Fui encontrá-lo no hi5. Sem o procurar, encontrei-o. Olhei duas vezes para a foto e tive quase a certeza. Fui ver o perfil e não restaram dúvidas. Não sabia nada dele há uns bons 14 anos. Nunca mais o tinha visto em lado nenhum. Fiquei contente por finalmente reencontrá-lo. Mandei-lhe uma mensagem meio a medo, não fosse ele não se lembrar de mim. Não sabia se havia de esperar resposta, mas ela chegou logo no dia seguinte e foi deliciosa. Afinal parece que os laços ficaram para os dois.

Saudade dos tempos passados com ele. Pode ser que um dia nos reencontremos para pôr as notícias em ordem e recordar os velhos tempos... sem ser pelo hi5.

Thursday, April 12, 2007

"Não quero aqui ninguém. Quero ficar sozinho a medir isto, a minha doença, a minha mortalidade, o meu espanto."
Assim começa a crónica do António Lobo Antunes sobre a sua luta contra o cancro.
Um dia encontrei-o numa livraria em Cascais. Minto: não o encontrei. Estava eu a comprar um dos seus livros e enquanto ele passa por mim com um chapéu e eu não o reconheço, o simpático dono da livraria diz-me: "Quer o livro autografado? Vá lá abaixo e peça-lhe".
Eu não hesitei. Desci as escadas e dirigi-me a ele para pedir o autógrafo:
- "Boa tarde"
-"Já disse a eles lá em cima para não me fazerem isto"
(Hmmm...resposta assustadora...será melhor fugir ou continuar a tentativa? Bem...já que comecei, continuo...)
- "Podia autografar o livro, sff?"
(.....sem resposta....)
Continuo:
- "Vá lá. é para a minha mãe."
(pega no livro)
- "Como é que se chama a sua mãe?"
E assim foi. Lá deu o autógrafo. Não foi muito simpático, não. Mas senti um bom coração e alguém muito genuíno no meio da relativa antipatia. Parecia querer dizer: Não quero aqui ninguém. Quero ficar aqui sozinho neste meu mundo dos livros. "Livros, claro, foi para isso que me mandaram para o meio de vós.", diz ele nesta mesma crónica.

Gosto das suas crónicas e do A.L.A. que julgo ele ser. Espero que ultrapasse a doença. Ou que a doença o deixe ultrapassá-la. Ainda tem muito para escrever, porque como ele não há mais nenhum.

Wednesday, April 11, 2007

Quem me leva os meus fantasmas

Sempre achei que o Pedro Abrunhosa é - muito mais que um cantor - um grande poeta, compositor, músico e alguém muito inteligente. Tem canções com poemas e melodias fantásticas e a sua característica de usar e abusar do piano é algo que me agrada particularmente.

Para mim, este último single não é uma grande canção. É isso sim um poema lindíssimo, com uma mensagem muito forte. Mas o que me tocou mais foi o teledisco: está suberbo! Toca bem cá no fundo. Este single revela que Pedro Abrunhosa também tem uma enorme sensibilidade...e acorda-nos para a dura realidade dos sem-abrigo.



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Tuesday, April 10, 2007

O homem mais odioso do mundo

O famoso sketch do Gato Fedorento, no qual JDQ faz de funcionário da EMEL, aplicar-se-ia quase na perfeição àquilo que me aconteceu ontem.

Ontem fui tomar um café ao Bar do Moinho para despedir-me do sol e do mar. Na praia de Carcavelos, passou a haver parquímetros. Claro que eu - distraída como sou - nem reparei em tal coisa. Nem eu nem a minha amiga que me acompanhava vimos que havia um parquímetro. De propósito (ou não), está pessimamente assinalado. Claro que quando voltei para o carro, tinha o carro bloqueadíssimo. Cheguei ao carro às 16 e 40 e, segundo o papelinho, tinha sido bloqueado às 16 e 40. Mas eles já lá não estavam...hmmm... Hipótese a): são invisíveis e por isso eu não os vi a bloquear o carro. Hipótese b): o relógio deles está muito adiantado (de propósito?). Hipótese c): são uns grandes aldrabões e bloquearam o carro antes da hora assinalada. Quem vota na hipótese c), ponha a mão no ar.
Eu já estava chateada, mas quando vi que o preço era 30 euros, até pensei: "bem...do mal o menos....podia ser pior.". Telefono para a central e passado uma meia hora lá aparecem eles.
O diálogo
Homem mais odioso do mundo: "A senhora vai ter que pagar 60 euros"
Eu: Penso: "este palhaço já me está a querer enganar" Mas digo: "Então, mas aqui diz que são 30 euros..."
Homem mais odioso do mundo: "Pois...30 euros é para desbloquear. Mas a senhora tem que ler o que está escrito. Aqui diz que aplica-se o decreto lei XYZ de data tal ano tal. Por isso, tem que pagar mais 30 euros de multa"
Eu: Chamo-lhe imensos nomes...para dentro. Digo...não digo...digo...não digo...não digo....é melhor não dizer nada. Passado um bocado sim...aí digo umas coisas. Refilo imenso. Mas estava fora de mim; já não me lembro o que disse. Coisa boa não foi de certeza.
A minha amiga diz a outro homem, bem menos odioso que o primeiro, até bastante simpático: "Ouça: então mais vale deixarmos o carro mal estacionado, não? Os do outro lado estão em cima do passeio e nem são multados e nós, para além de sermos multados, ainda pagamos o desbloqueamento..."
Resposta dele: "Pois...tem toda a razão. Mais valia ter deixado o carro mal estacionado."

E aí está. Já aprendi uma lição. Estacionar em cima dos passeios é que é a melhor solução.
E só um conselho: tenham atenção aos parquímetros escondidos que por aí andam.

Friday, April 06, 2007

Para os que ainda tinham dúvidas que a culpa é nossa

" ...Não só a terra está a aquecer rapidamente como há hoje a certeza que 90 por cento da culpa desse aquecimento global é do homem. ..."

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Thursday, April 05, 2007

É tão bom

É bom apercebermo-nos que mesmo quando já passaram dez ou mais anos sobre a escola partilhada, as aulas de ténis, a universidade...enfim...sobre aquilo que nos tornou amigos; mesmo quando aquilo que nos une só pode ser mesmo a amizade, essa amizade vence as barreiras da distância e dos caminhos que nos poderiam afastar...

É bom sentir que somos amigos mesmo que nos vejamos pouco, às vezes só nas ocasiões mais importantes, fáceis ou difíceis. Sinto-me feliz por manter e consolidar cada vez mais as minhas amizades de sempre.

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Tuesday, April 03, 2007

Relax

Hoje a estratégia de relaxamento ao chegar a casa foi uma sessão de Pilates - faz maravilhas às dores de costas - acompanhada da música dos Oi Va Voi no CD "Laughter through tears". Aqui fica "Yesterday's Mistakes", a minha preferida. A combinação Pilates + Oi Va Voi é perfeita. Recomendo vivamente. Teria sido perfeito, não tivesse eu dado logo a seguir uma bruta cabeçada, extremamente dolorosa, num dos cantos do meu sotão...


"I refuse to replay the mistakes that we made yesterday..."

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Monday, April 02, 2007

Life is unfair, fix it.

Coincidence or not, in spite of having posted Mother Theresa's poem yesterday, today I feel that life can also be stupidly unfair sometimes....

The next three months will certainly be a big challenge for me...the 90 days are now counting....

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Sunday, April 01, 2007

Life is....

Life is an opportunity, benefit from it.
Life is beauty, admire it.
Life is bliss, taste it.
Life is a dream, realize it.
Life is a challenge, meet it.
Life is a duty, complete it.
Life is a game, play it.
Life is costly, care for it.
Life is wealth, keep it.
Life is love, enjoy it.
Life is mystery, know it.
Life is a promise, fulfill it.
Life is sorrow, overcome it.
Life is a song, sing it.
Life is a struggle, accept it.
Life is a tragedy, confront it.
Life is an adventure, dare it.
Life is luck, make it.
Life is too precious, do not destroy it.
Life is life, fight for it.

(by Mother Theresa)

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