Porque é que uma coisa que é suposto trazer toda a alegria do mundo; traz desgaste, stress, nervos em franja...e às vezes algumas tristezas e zangas.....
Já estive mais longe de dar em maluca...
Precisava mesmo era de fugir daqui de novo.

Escrevo este post do fundo do meu cansaço. Cansaço esse que não deriva de obrigações, mas sim da minha vontade inesgotável de preencher os meus dias e noites com ocupações que, descobri, parecem nunca ser demais. Ultimamente tem sido assim. Descobri que a vida é feita de estar em movimento e que quanto mais em movimento estiver, mais feliz me sinto. Estou cansada, mas sinto-me bem. Estou feliz por não me privar de nada. É para isso que a vida é feita.
Só me faz falta o meu espaço belga e a paz de chegar a casa e ter o meu silêncio...quando nos habituamos ao nosso cantinho, não há volta atrás.

Àparte disso, hoje vi o pôr-do-sol na mistral...foi (e é sempre) tudo.

Sexta-feira vou ver esta maluca a cantar ou dançar ou trocar os pés ou... será que também vai snifar coca como neste video? Quanto tempo de concerto teremos? Será que ela virá mesmo? Questions... sexta-feira saberei.

Mas porquê?

Porque é que eu nasci com esta extrema dificuldade intrínseca em tomar decisões? Sou uma indecisa, complicada, penso demais....
Canso-me comigo mesma...

Eu gosto da paz que encontro sempre aqui. Amanhã perco-a de novo. E não a voltarei a encontrar tão cedo. Pensar que há uns anos atrás tudo o que eu queria era ver a Bélgica pelas costas...

Hoje

Fui ao Brasil e voltei...e nem sai de casa. :-) Caipiroska, moqueca de peixe, quindim (ou qq coisa parecida) e o reggae a tocar....esteve tudo aqui.

Mac ou nao mac

Ha quase um ano atras, partilhei aqui o meu desespero quando o Mac que usava na altura foi desta para a melhor. Foram dias para esquecer, mas com a ajuda dos meus dois amigoes informaticos ca do sitio, la consegui recuperar tudo o que la estava.

Hoje o desespero regressou. Nao com tanta intensidade, ja que tinha feito backups de tudo ha muito pouco tempo. Mas de qualquer maneira, causa muito transtorno o computador deixar de trabalhar. Aparentemente, o mac que eu herdei de outra colega e que hoje decidiu nao dar sinal de vida, pertence a uma série fabricada entre Janeiro e Abril de 2005 com problemas no 'memory slot' e, como tal, devera ser reparado sem problemas e sem custos, mesmo ja tendo passado a garantia. Claro que até ser reparado...la terei eu que usar outro Mac que esteja por ai perdido.

Mas, o que me começa a irritar mesmo é: ou eu sou uma grande azarada ou os Macs passam a vida a dar problemas. Para alem do problema que tive no ano passado com o falecido PowerBook, ainda houve a historia do programa de troca de baterias para um numero enorme de baterias que vinham com problemas e, no qual, a minha estava obviamente incluida....

Começa a ser muita coisa....

Os tres juntos

Preterito mais-que-perfeito

Hoje era mais isto....

...a tocar a noite toda. Eh pah gosto. Alivia o stress...a cada "tarararararararara" parece que nos tiram uma preocupaçao da cabeça.

Ensinar é uma coisa que me cansa imenso e, talvez por falta de hábito, que me dá algum stress. Com o tempo, vou dando menos importancia e descontraindo mais, mas sobretudo as aulas teóricas ainda parecem uma luta de boxe: uma aula de uma hora faz-me sentir como se tivesse trabalhado 12 horas sem parar. Saio de lá K.O.
Mas quando os alunos são minimamente interessados, dá um gozo enorme ouvir aqueles "Ahhhhhh" depois de perceberem qualquer coisa que nós explicamos. Como aconteceu hoje. Assim vale a pena.

Nos proximos tempos....

....eu nao posso beber caipirinhas: acorda o lado brasileiro que há em mim....e ataca-me uma mega-depressao de querer voltar para lá....

Pergunta: Quem....mas quem é que nao sabe que nao se pode fumar dentro de um aviao?????
Resposta: O nosso engenheiro Socrates.

Mas pronto....ele nao sabia.....

(ja eu que sou eu, nao me lembro do tempo em que se podia fumar nos avioes...)

Expliquem-me como se eu fosse uma criança de 2 anos...

...porque é que sempre que eu entro num voo da TAP para vir para Bruxelas está a passar a Aimee Mann no aviao...e invariavelmente as mesmas musicas....é que torna-se aborrecido.
Alguém que trabalhe no sector de imagem da TAP que lhes explique que há tanta música boa...não precisa de ser sempre o mesmo disco.

Bem sei que já devo irritar com esta coisa de estar sempre a falar da viagem ao Brasil, mas já agora....se me permitem...gostava de partilhar a musica que mais nostalgia me traz: por estar associada aos jantares de musica ao vivo, momentos de maior calma, e por a ter conhecido in loco. Trouxe muitas outras músicas de lá e ainda passo os dias a ouvi-las, mas esta é a "mais mais":

Adao Negro - Anjo Bom

"Tao longe de você...."

Morro de Sao Paulo

Estao com azar: é tudo o que tenho para mostrar do Morro.

Numa entrevista um dia destes perguntavam-me:

- "Voce nao me diga que acha que a felicidade é inatingivel?"

Apeteceu-me responder:

- "Acho que sim. Se eu olho para os lados e vejo sofrimento nos outros, acho de um egoismo atroz sentir-me verdadeiramente feliz só por eu estar bem."

Nao o disse, não fosse a senhora achar-me uma depressiva maluca. Pensei, dei a volta À questao e falei da diferença entre estarmos absolutamente felizes e sentirmos uma felicidade relativa e momentanea...

Toda a gente o conhecia em Leuven. Só estive com ele uma ou duas vezes, mas percebi que era de uma alegria contagiante. Não era belga e vivia em Leuven para estar perto das filhas. Há uns meses atrás, perdeu a ex-mulher e uma filha num acidente de carro. Dizem que é o pior sofrimento do mundo: perder um filho. Dizem que nunca se ultrapassa. Nao sei e espero que nenhum de nós algum dia venha a saber o que é esse sofrimento. Sei apenas que ele não aguentou. Desistiu de viver na semana passada e deixou uma filha orfã de pai e mãe....

É por essas e por outras que posts como o de ontem são raros nestes blogue....

No Brasil, dizia que era incondicionalmente feliz. Mas, hoje, mesmo aqui na nossa vidinha urbana em que exigimos demais de nós próprios e dos que nos rodeiam, estou extremamente, estupidamente.... irritantemente feliz.

As peças do puzzle vao-se juntando e a minha vida vai-se compondo, de volta à pátria. E por isso, vou comemorar com uma jantarada num restaurante....brasileiro! claro! :-)

I'm not there

Eu ja tinha dito aqui que este filme nao me escapava. E nao escapou. (Ou pelo menos a segunda parte.) Fui ve-lo no Domingo à noite ao Atlantida Cine em Carcavelos, que é um cinema como deve ser, como há poucos em Portugal e só num país em que se vive a cultura do centro comercial como o nosso é que um sitio destes está vazio. Enfim...comentarios destes à parte...tinha chegado a casa domingo de manha Às 7 e meia da manhã depois da viagem de Salvador. Escusado será dizer que, sendo o cansaço mais que muito, adormeci na primeira parte do filme quase toda.

O filme é....como dizer....muito à frente, tal e qual a vida da pessoa cujo filme bibliografa. Na segunda parte mantive-me acordada, mas tive dificuldades em perceber tudo...para nao dizer que nao percebi quase nada. O homem...ou...os homens - Bob Dylan e seus heteronimos - alucinava para dédéu. Como dizia o P., com um cigarro de rir em cima teriamos percebido melhor...nao que nós fumemos essas cenas e coisas... mas quiçá neste caso tivesse sido util.

Sendo assim....tenho que ver o filme outra vez.

- Quando puseres a pulseira, tens que pedir 3 desejos.
Ele fica com um olhar confuso, como quem pergunta "O que sao desejos?"
- Desejos sao coisas que queremos muito muito muito. Mas guarda para dentro de ti.
Fica pensativo... a mãe pergunta então, enquanto lhe põe a pulseira:
- Já pediste?
E ele...responde baixinho com um ar envergonhado:
- Quero fazer anos.

(A ternura do M. :-) )

Eu quero

Acordar de manha, mover-me da cama para a rede da varanda e ficar a olhar para o mar. Vestir o biquini, pôr uns chinelos no pé e estar pronta para a jornada. Sair para a praia e já ouvir música a tocar por todo o lado. Não ver carros. Chegar à praia e ouvir gritar: "Acaí, acaí!". Passar por algum lado e ouvir "Bom dia! Esses anjos cairam do céu ou vieram de catamarã?". Conhecer mais gente na ilha do que alguma vez achei ser possivel no espaço de uma semana. Rir, rir, rir. Beber caipirinhas e caipiroskas. Dançar na areia da praia descalça. Dançar à chuva até ficar ensopada. Dançar o forró. Dançar, dançar, dançar.............sentir-me verdadeiramente feliz.

Voltei, mas "morro de saudade" do Morro.