"Os amores sem esperança nunca terminam."

"O homem vive, e corrige, ajusta, edifica, e destroi, algumas vezes, a sua vida; mas, passado tempo, da-se conta de que o todo, tal como está, por força dos erros e do acaso, é imodificável."

in "A Herança de Eszter", Sandor Marai again

Eu gosto do Roberto Carlos. Pronto, ja disse.
"Como é grande o meu amor por voce".

Nao pode ter mais de 25

Isto ja foi ha um tempo, mas resolvi partilhar hoje.
O senhor que no aviao à chegada a LX resolveu ser muito meu amigo:
-Erasmus? (deve ter visto o meu livrinho amoroso sobre evoluçao - que por acaso perdi uns minutos depois, mas isso sao pormenores...)
Eu:
-Nao, doutoramento.
- Ainda melhor! mas é tao nova. deve ter a idade da minha filha...
- Olhe que ja tenho 29.
(digo eu a tentar disfarçar a minha dor na alma por estar a 1 dos 30)
- Naaaao! Nao pode ter mais de 25. Nao acredito.
(diz ele muito convicto. Nao me tivessem os meus pais registado ha 29 anos atràs e juro que tinha ficado convencida.)
Recordar o resto da conversa nao consigo nem interessa, ja que o meu cerebro reteve-se nesta frasesinha que me fez tao feliz. Recapitulando:
- Naoooooo! Nao pode ter mais de 25.

(longe vai o tempo em que ficava furiosa quando me pediam o BI nas discotecas)

EU VOU!

FEIST, Aula Magna, 11 de Junho!!!!!!!
Eu vou, eu vou, eu vou, eu vou, eu vou, eu vou, eu vou, eu vou!!!!

Ken Lee

"tulibu dibu douchoo..."

O novo exito da musica inglesa.

Pobre mas gorda

Deixei o Marriott Budapest e voltei à minha vidinha de pobre, provavelmente com uns quilinhos a mais...

Naquele hotel comia-se bem demais ao pequeno-almoço, almoço e nos coffee-breaks. E ao jantar, nao me perdi, tratei-me muito bem: fui a este e este restaurante.

De Budapeste, é que vi muito pouco. De Buda entao muito menos. Mas aprendi umas coisinhas sobre a cidade, numa daquelas city tours à japonesa sentada dentro de um autocarro.

Resumindo: um dia destes tenho que voltar là.

Duvidas

Chego finalmente ao quarto do hotel depois de um dia que começou cedo demais. Aprecio pela janela a vista deslumbrante para o Danubio e o Castelo em Buda. Preparo-me para dormir. Mas antes, a minha cabeça é atormentada com perguntas, duvidas, incertezas.



















Em qual das duas camas de casal é que vou dormir? E, durmo do lado esquerdo ou do lado direito da cama que escolher…ou no meio? Hmmm…la me decido por uma delas… (amanha durmo na outra…eheheh).
Mas…e agora? Deixo ficar todas as cinco almofadas que estao na cama ou escolher apenas uma…ou duas…ou tres…ou quarto? Ja decido isso melhor. Para jà, ligo o LCD de tamanho gigante e adormeço a ver TV.
Finalmente, o merecido descanso. :-)

P.S. - Mas esta *%*%* nao pàra nunca de subir?!!!!!!!!!

Buda nao... Peste

Nao ha nada pior para mim: acordar a meio da noite para ir para o aeroporto. Amanha às 5 da manha estou a sair de casa. E eu que gosto taaaanto de dormir. :-(
A compensaçao: amanha durmo aqui.
Até amanha, em Budapeste, no lado Peste.

Free hugs

"Aids is not transmitted like this. But love is. Together let's fight against discrimination"

"No fim, o mundo não importa nada. Só importa o que fica nos nossos corações.

(...)

Beijam-se. É um beijo estranho, breve e singular: se alguém o visse, sorria de certeza. Mas como todos os beijos humanos, este também é uma resposta, à sua maneira disforme e terna, a uma pergunta, que não se pode dizer com palavras."

The End

"As velas ardem até ao fim" de Sandor Marai: um dos (senao o) livros mais profundos que já li.

Recomendo vivamente, como já devem ter percebido pela quantidade de posts que já escrevi sobre o livro.

E nao ha tristeza nenhuma que nao passe quando se ouve esta música bem alto:

"Old Yellow Bricks", Arctic Monkeys em "Favourite Worst Nightmare", o último cd em repeat na minha playlist.

"But for those like us, our fate is to face the world as orphans chasing through long years the shadows of vanished parents. There is nothing for it but to try and see through our missions to the end, as best we can, for until we do so, we will be permitted no calm."

Kazuo Ishiguro in "When we were orphans"

É preciso saber viver

(se a vida fosse uma ciência exacta...seria mais fácil aprender)

Como papa Cerelac ao pequeno-almoço em pratos do Piu-Piu, vejo episódios do Ruca uns atrás dos outros, oiço e canto músicas dos D'zrt, faço corridas para ver quem acaba de comer a fruta primeiro, ando de triciclo à volta da sala, leio livros do Noddy, jogo à bola dentro de casa.....

Quando eles estao por perto, sou uma criança crescida.

"O desejo de se ser diferente daquilo que se é, é a maior tragédia com que o destino pode castigar o homem. O desejo de ser outro, diferente daquilo que somos: não pode arder um desejo mais doloroso no coração humano. Porque não é possível suportar a vida de outra maneira, apenas sabendo que nos conformamos com aquilo que significamos para nós próprios e para o mundo. Temos de nos conformar com aquilo que somos e de ter consciência, quando nos conformamos, de que em troca dessa sabedoria, não recebemos elogios da vida, não nos põem no peito nenhuma condecoração por sabermos e aceitarmos que somos vaidosos ou egoístas, carecas e barrigudos - não, temos de saber que por nada disso recebemos recompensas, nem louvores. Temos de suportar, o segredo é isso. Temos de suportar o nosso carácter, o nosso temperamento, já que os seus defeitos, egoísmos e avidez, não os mudam nem a experiência, nem a compreensão. Temos de suportar que os nossos desejos não tenham plena repercussão no mundo. Temos de suportar que as pessoas que amamos, não nos amem, ou que não nos amem como gostaríamos. Temos de suportar a traição e a infidelidade, e o que é mais difícil entre todas as tarefas humanas, temos de suportar a superioridade moral ou intelectual de uma outra pessoa."

Sándor Márai, in 'As Velas Ardem Até ao Fim'

Foi isto que eu perdi: :-(((((((((( (vou so ali chorar um bocadinho)

"E é verdade, estou a olhar para ontem, sempre olhei para ontem. Até o amanhã é ontem às vezes. Charlie Parker interrompeu uma vez uma gravação, atirando com o saxofone, a gritar Já toquei isto amanhã e ninguém foi capaz de convencê-lo a continuar. Como eu o compreendo, como às vezes sinto Já escrevi isto amanhã e rasgo tudo. Um trabalho difícil, quase tão difícil como viver.
(...)
E os olhos de Charlie Parker tristíssimos nas fotografias. Escrever como ele toca. Vá, António, levanta-te do papel com as palavras: quem disse que não eras capaz, és capaz, levanta-te do papel com as palavras. Fecha os olhos e elas saem sozinhas. As palavras são notas, repara. Não penses em nada, abandona-te. O mundo inteiro está dentro de ti."

(excerto de "Ja escrevi isto amanha" por Antonio Lobo Antunes, in Visao Online)

ADORO os meus amigos nesta terra e hoje a noite foi de arromba a comemorar o PhD do "my brother" K. All night long "jumping around" todos juntos. N'os os malucos todos, na maior e sem stresses. é mesmo disto que eu gosto na Bélgica....e mais umas coisinhas. :-)

Ha dias que, por muito que nao aconteça nada de mau, sao destinados a ser cinzentos. Por razao absolutamente nenhuma. So porque sim, hoje é um dia nao. Eu sou naos, eu sou queixas, eu sou os nervos à flor da pele. Fazer o que? "Nao consigo dominar este estado de ansiedade...". é mesmo assim. Hoje é assim. Amanha talvez seja melhor.

(serà marte, saturno ou essa coisas dos signos e das astrologias?)

(daqui.)

(cena passada hoje no elevador)
(àparte: Para quem nao sabe, eu trabalho num 7 andar e os elevadores, que ja tem uns bons 30 anos, estao avariados dia sim dia nao.)
Entro no elevador, no qual ja està uma senhora. Como tinha perdido o rasto dos meus colegas, ligo a um deles para saber onde estao. No entretanto, o elevador pàra e a senhora tenta sem sucesso abrir a porta. Começa a ficar nervosa e, enquanto eu espero que o meu colega atenda o telefone, ela diz:
- "blablablabla.
(isto foi qdo ela falou em flamengo; agora em ingles:)
- "You can't do that"
- "What? I can't do what?"
- "You can't use your mobile here. it interferes with the elevator!"
(Bolas! esta nunca tinha ouvido. hmmm... bem, ela està mesmo convicta da sua teoria. é melhor nao a contrariar, para ela nao ter um colapso. Decido ignorar, continuo a mexer no telemovel, nao para provocar mas porque recebo uma mensagem, e digo calmamente:)
- "Don't worry. This happens a lot. Sometimes it takes a while to open"
ao que ela responde agressivamente, enquanto tenta desesperadamente abrir a porta:
- "Stop doing that! You can't use your mobile here. And now we're stuck!!!"
(calo-me ou mando-a à merda? como é que se manda à merda em ingles? "go to shit?")
Ufff... nao é preciso. FINALMENTE, a porta abre-se e ela là vai à sua vidinha. Eu continuo a minha viagem de elevador e fico...a rir-me. :-)

"Nao é facil" - Marisa Monte...
...de um dos meus albuns preferidos: "Memorias, Cronicas e Declaraçoes de Amor":

"Mas Konrad tinha um refugio para onde o amigo nao o podia seguir: a musica. Como se tivesse um esconderijo secreto, onde o mundo nao o atingia.
(...)
Como se a rebeliao da musica tivesse levantado a mobilia, como se uma força da janela agitasse as cortinas pesadas de seda, como se tudo o que os coraçoes humanos haviam enterrado e que era gelatinoso e bafiento, começasse a viver, como se no coraçao de cada pessoa se ocultasse um ritmo moral que num determinado momento da vida, começava a pulsar com uma força termenda. Os ouvintes pacientes pereceberam que a musica era perigosa."

(in "As velas ardem até ao fim", Sandor Marai)

Nó na garganta...
...ao ler este post.

(O episódio passou-se ontem na Fnac do Cascais Shopping)

Diz a menina que está À frente na fila da bilheteira - chamemos-lhe "Prazeres, Desmancha-prazeres":

- Queria dois bilhetes para os The Cure, sff.

- Com certeza. Aqui estao eles. Verde codigo verde.

Desmancha-prazeres marca o seu código, pega nos bilhetes e retira-se aos saltos com os seus bilhetes para os THE CURE a gritar alto e bom som: " it's just like heaven! It's just like heaven!".

Chega então a vez da segunda pessoa da fila , chamemos-lhe "Ana Desgraçada - Maria Ana Desgraçada":

- Queria quatro bilhetes para os The Cure, sff.

- So tenho tres.

- So tem tres? hmmm...entao de-me os tres.

- Ah nao, acabaram de vender. Afinal nao tenho nenhum.

- Nao tem nenhum???? Mas....isso significa que nao ha em lado nenhum?

- Pois, sim. Nao ha em lado nenhum. - diz ela, com ar de que para ela é igual um concerto dos THE CURE ou do Tony Carreira.

Maria Ana Desgraçada retira-se cabisbaixa, a pensar em quao desgraçada é e em quao triste será a sua noite de hoje quando os THE CURE actuarem no Pavilhao Atlantico, enquanto ela janta num restaurante qualquer um prato que de tao "Hot hot hot" lhe queimará a lingua.

Resta-lhe ouvir os THE CURE nos seus cds e ve-los no youtube. Pode ser que ela acabe por "believe that their real" e que eles estao mesmo a cantar ao vivo para ela:

Era só isto...

mai' nada!

Monet

Miró

Van Gogh


:-)

(ou pelo menos para mim, valem tanto como um quadro de qualquer um deles)

Palm Beach

Eu ontem tinha preparado uma noite em frente à TV. Nao sei se ja perceberam, mas a rtp2 ou 2 ou tv2 - que eles estao sempre a mudar o nome e eu ja lhes perdi o rasto - tem uma programaçao jeitosa. Ora entao, ontem seria: telejornal às 10, Anatomia de Grey às 10 e 40 e BritAwards logo a seguir. Seria assim a minha noite. Chegadinha a casa às 10 e pouco, posicionei as almofadas do sofá de tres lugares ao meu jeito e deitei-me preparando o serao de preguiça. A ideia era boa. E o Telejornal ainda se viu. Eu acho que foi no intervalo antes de começar a Anatomia de Grey que me perdi...deve ter sido isso, porque da anatomia so vi o finzinho, entre abrir e fechar olhos, e so percebi que a Meredith tinha dormido com o George - a doida. Depois, a dada altura reanimei e peguei no meio dos BritAwards: os Arctic Monkeys estavam com uma bezana do caneco, assim como toda a gente naquela festa e a Amy Winehouse puxava o vestido para cima enquanto cantava e mexia-se de forma meio desengonçada, parecendo mesmo que estava sob efeito de estupefacientes (terá sido ilusao optica?).

E depois desta soneca no sofá? Está claro: fui para a caminha ter uma insónia daquelas.

Será aqui

a minha pausa de Primavera. Vida dura... :-)

Acordo devagarinho e nao sei porquê ha uma dor no coraçao, um aperto no peito. Nao sei porquê. Aos poucos a memória acorda também e lembro-me. Lembro-me do pesadelo; um pesadelo daqueles quase reais, com um enredo mau demais para deixar este aperto ir embora assim sem mais nem menos. Mas...ha um pesadelo real associado a ele, o pesadelo de alguém proximo de mim, que foi hoje o pesadelo da minha noite e o aperto do meu acordar.

Do fundinho da soul: Solomon Burke - Don't give up on me

Gosto......muitooooo.

Às vezes...

...tenho medo de mim...

Tiros a mais

Ainda mal passaram 24 horas desde que cheguei e so ouço falar em tiros. Tiros em Oeiras, tiros em Loures, tiros no Porto....começa a assustar um bocadinho.

(Àparte disso, a noite de ontem foi uma loucura! Venham mais festas destas please. :-) )